copa da russia de 2018 ja terminou...
e o brasil ainda nao entregou todas as obras de 2014
Em dezembro de 2013, quando faltavam seis meses para os torcedores lotarem os estádios para a Copa do Mundo no Brasil, apenas 25% das obras de infraestrutura e mobilidade previstas estavam prontas – e as quais tinham sido iniciadas em 2010.
Hoje, quatro anos e uma Copa do Mundo depois (na Rússia), o legado ainda não foi visto por muitos brasileiros. Isso porque ainda há obras atrasadas ou paralisadas em 11 das 12 cidades-sede.
Muitas das promessas de melhorias pelo Brasil serão inauguradas somente depois da Copa do Mundo da Rússia de 2018 – e olhe lá -, de acordo com um levantamento feito pelo site “O Preço de Uma Copa” e por diversos veículos de imprensa em todo o Brasil. A pesquisa considerou a situação das obras de infraestrutura até 13 de junho de 2018, véspera de abertura da Copa na Rússia.
Apenas o Rio de Janeiro concluiu todas as obras previstas para a Copa de 2014, mas não necessariamente dentro do prazo. Como a cidade foi sede das Olimpíadas em 2016, os projetos conseguiram ser concluídos antes de 2018.
Confira o levantamento:
Hoje, quatro anos e uma Copa do Mundo depois (na Rússia), o legado ainda não foi visto por muitos brasileiros. Isso porque ainda há obras atrasadas ou paralisadas em 11 das 12 cidades-sede.
Muitas das promessas de melhorias pelo Brasil serão inauguradas somente depois da Copa do Mundo da Rússia de 2018 – e olhe lá -, de acordo com um levantamento feito pelo site “O Preço de Uma Copa” e por diversos veículos de imprensa em todo o Brasil. A pesquisa considerou a situação das obras de infraestrutura até 13 de junho de 2018, véspera de abertura da Copa na Rússia.
Apenas o Rio de Janeiro concluiu todas as obras previstas para a Copa de 2014, mas não necessariamente dentro do prazo. Como a cidade foi sede das Olimpíadas em 2016, os projetos conseguiram ser concluídos antes de 2018.
Confira o levantamento:
Belo Horizonte/Minas Gerais
Aeroporto: As obras de reforma e ampliação do Aeroporto Internacional de Cofins estão paralisadas desde setembro de 2014. A concessionária que administra o aeroporto, a BH Airport, alega que as obras são de responsabilidade da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). As obras pararam porque, de acordo com a Infraero, em 28 de agosto de 2014, foi notificada a desistência do consórcio Marquise/Normatel de continuar reforma e ampliação do terminal de passageiros. O caso está na Justiça. Uma decisão da 22ª Vara de Justiça do Distrito Federal suspendeu, em 11 de fevereiro de 2015, a rescisão do contrato entre o consórcio e a Infraero. Agora, aguarda-se uma decisão judicial para retomar o trabalho. Enquanto isso, a Infraero a negocia com a BH Airport uma nova licitação para as obras restantes.
Hotelaria: De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), pela Lei de Operação Urbana dos Hotéis Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, foram aprovados 78 projetos de novos hotéis entre 2010 e 2011. Dos 78, foram construídos 43, sendo que 35 deles foram entregues antes da Copa. Os outros cinco ficaram prontos em 2015. E três ainda não foram entregues. Os 35 restantes não saíram do papel.
Transporte: O principal corredor de acesso ao Mineirão e ao Aeroporto de Confins, batizado de “Move Antônio Carlos/Pedro I/ Vilarinho” conta com uma parte ainda não entregue. Com quase 15 km de extensão, a linha conta com três estações. Mas falta a inauguração da parte do corredor Pedro I, onde um viaduto caiu em junho de 2014, durante a Copa do Mundo, e matou duas pessoas. Com o acidente e com o fim do contrato com a empresa construtora, o projeto não poderá continuar. É preciso uma nova licitação para o trecho.
Hotelaria: De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), pela Lei de Operação Urbana dos Hotéis Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, foram aprovados 78 projetos de novos hotéis entre 2010 e 2011. Dos 78, foram construídos 43, sendo que 35 deles foram entregues antes da Copa. Os outros cinco ficaram prontos em 2015. E três ainda não foram entregues. Os 35 restantes não saíram do papel.
Transporte: O principal corredor de acesso ao Mineirão e ao Aeroporto de Confins, batizado de “Move Antônio Carlos/Pedro I/ Vilarinho” conta com uma parte ainda não entregue. Com quase 15 km de extensão, a linha conta com três estações. Mas falta a inauguração da parte do corredor Pedro I, onde um viaduto caiu em junho de 2014, durante a Copa do Mundo, e matou duas pessoas. Com o acidente e com o fim do contrato com a empresa construtora, o projeto não poderá continuar. É preciso uma nova licitação para o trecho.
Cuiaba/Mato Grosso
Transporte: As obras para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estão paradas desde dezembro de 2014 e já custaram R$ 1,06 bilhão. Dos 22 km totais, apenas 6 km foram concluídos. O contrato foi rescindido pelo governo de Cuiabá após a Operação Descarrilho, da Polícia Federal, apontar irregularidades na obra em 2017. Uma nova licitação deve ser lançada para finalizar o projeto. Enquanto isso, o governo gasta cerca de R$16 milhões por mês para manter vagões e outros materiais já comprados para o VLT. Outra obra de transporte, a Via Parque do Barbado, com 1,6 km que liga a Avenida Fernando Corrêa da Costa com a Avenida Brasil, concluiu 76,2% das obras até junho de 2018.
As obras de readequação da Avenida 8 de Abril e do Córrego Mané Pinto, por sua vez, estão em 67% e ficaram paradas por pelo menos três meses em 2018. A Estrada do Moino também está com apenas 70% das obras concluídas, quatro anos após a Copa.
Aeroporto: No Aeroporto Marechal Rondon, as obras estão em 85%. Apenas dois setores previstos no projeto foram entregues até agora e falta finalizar a reforma do setor C. As obras foram iniciadas em dezembro de 2012, com custo estimado de R$ 77,2 milhões, e hoje já passam de R$ 85 milhões.
Estádio: O próprio estádio que foi palco dos jogos da Copa de 2014 em Cuiabá, a Arena Pantanal, ainda está em obras e não tem data para conclusão. Seu orçamento inicial era de R$ 395 milhões, mas hoje o valor passa de R$ 500 milhões. Foram fechados três contratos para a Arena: um para assentos e mobiliário (o único concluído), outro para tecnologia da informação e comunicação na arena (com 90% concluído em meados de 2018), e o último para obras civis (98% concluído após quatro anos da Copa).
Centros de treinamento: Dois centros oficiais de treinamento (COTs) que deveriam ter sido usados por seleções estrangeiras durante a Copa de 2014 não foram entregues até agora: o COT da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que está com 82% das obras concluídas, e o COT da Barra do Pari, com 69% das obras concluídas.
As obras de readequação da Avenida 8 de Abril e do Córrego Mané Pinto, por sua vez, estão em 67% e ficaram paradas por pelo menos três meses em 2018. A Estrada do Moino também está com apenas 70% das obras concluídas, quatro anos após a Copa.
Aeroporto: No Aeroporto Marechal Rondon, as obras estão em 85%. Apenas dois setores previstos no projeto foram entregues até agora e falta finalizar a reforma do setor C. As obras foram iniciadas em dezembro de 2012, com custo estimado de R$ 77,2 milhões, e hoje já passam de R$ 85 milhões.
Estádio: O próprio estádio que foi palco dos jogos da Copa de 2014 em Cuiabá, a Arena Pantanal, ainda está em obras e não tem data para conclusão. Seu orçamento inicial era de R$ 395 milhões, mas hoje o valor passa de R$ 500 milhões. Foram fechados três contratos para a Arena: um para assentos e mobiliário (o único concluído), outro para tecnologia da informação e comunicação na arena (com 90% concluído em meados de 2018), e o último para obras civis (98% concluído após quatro anos da Copa).
Centros de treinamento: Dois centros oficiais de treinamento (COTs) que deveriam ter sido usados por seleções estrangeiras durante a Copa de 2014 não foram entregues até agora: o COT da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que está com 82% das obras concluídas, e o COT da Barra do Pari, com 69% das obras concluídas.
Curitiba/ Parana
Até junho de 2018, quatro das 13 obras prometidas em Curitiba não tinham sido concluídas, sendo que três delas eram de responsabilidade do governo do Panará e uma, da Prefeitura. Todas as obras fazem integração entre a capital e a Região Metropolitana.
Corredor Aeroporto-Rodoferroviária (São José dos Pinhais) – inacabada - Governo do estado
Requalificação do Corredor Marechal Floriano Peixoto (São José dos Pinhais) - inacabada - Governo do estado
Sistema Integrado de Monitoramento Metropolitano - inacabada - Governo do estado
Reforma e ampliação do Terminal do Santa Cândida - inacabada - Prefeitura
Corredor Aeroporto-Rodoferroviária (São José dos Pinhais) – inacabada - Governo do estado
Requalificação do Corredor Marechal Floriano Peixoto (São José dos Pinhais) - inacabada - Governo do estado
Sistema Integrado de Monitoramento Metropolitano - inacabada - Governo do estado
Reforma e ampliação do Terminal do Santa Cândida - inacabada - Prefeitura
Brasilia/ DF/ Goias
Depois de quatro anos da Copa, a capital federal não entregou quatro obras prometidas para o Mundial – e as quais estão interrompidas sem previsão de conclusão. São elas:
Urbanização do entorno do estádio Mané Garrincha, avaliada em R$ 285 milhões: o projeto inicial previa a urbanização de uma área de 3 km ao redor do estádio, que foi o mais caro da Copa do Mundo. O arquiteto responsável pelo projeto do estádio, Eduardo Castro de Mello, chegou a comentar que as intervenções na área eram fundamentais porque o Mané ocupa "uma área muito nobre da cidade". Em 2012, porém, o governo do Distrito Federal desistiu de entregar o paisagismo no entorno do estádio para a Copa das Confederações (2013) e Copa do Mundo (2014). O governo estabeleceu, então, novos prazos, mas nenhum foi cumprido e as obras seguem paradas, já que a licitação de concessão da área também foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União por conter seis irregularidades.
De acordo com o Tribunal de Contas, quase R$ 7 milhões foram gastos pelo DF durante o impasse. Já o governo diz acreditar que a obra no entorno do estádio só será tocada quando a iniciativa privada assumir o espaço.
Construção de túneis entre o Centro de Convenções, o Mané Garrincha e o Parque da Cidade: Essa obra faz parte do projeto de urbanização do entorno do estádio. A ideia era criar túneis que ligassem os estacionamentos do Parque da Cidade ao Mané Garrincha, ao Centro de Convenções e ao Clube do Choro.Apesar dos R$ 6,98 milhões desembolsados pelo governo, nenhum canteiro de obras foi aberto para a criação dos túneis, ou seja, as obras não começaram até hoje.
Instalação do VLT entre o Aeroporto de Brasília e o Plano Piloto: O projeto previa a construção do veículo leve sobre trilhos (VLT) entre o terminal da Asa Norte e o Aeroporto de Brasília, passando pela avenida W3. Mas o governo atual não pretende construir nenhum VLT, apesar da obra ser considerada um dos principais investimentos para melhorar a mobilidade na cidade.O orçamento inicial era de R$ 1,5 bilhão para a construção de 25 estações ao longo de 22, 6 km. O primeiro trecho foi licitado por R$ 780 milhões e pelo menos R$ 20 milhões foram gastos pelo DF antes da suspensão do projeto, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU). As obras chegaram a ser suspensas sete vezes, sendo a última em abril de 2011, pela 7ª Vara da Fazenda Pública do DF. O cancelamento de todo o projeto foi anunciado oficialmente em setembro de 2012.
Criação de um jardim inspirado em Burle Marx: O governo da capital começou em 2013 a planejar um jardim inspirado no paisagista Roberto Burle Marx, com espelhos d'água e várias árvores, mas, até meados de 2018, não havia previsão de entrega do espaço. O orçamento total é de R$ 21 milhões e foram gastos R$ 11 milhões até que o contrato fosse rescindido em janeiro de 2018.O projeto era tocado pela construtora Vale do Ipê, em um contrato sob responsabilidade da Novacap – empresa pública do DF responsável pela manutenção do espaço urbano. A obra, iniciada em 2013, era prometida para 2014. Depois, foi reprogramada para 2017 e, sem o cumprimento do cronograma, o contrato foi rescindido.
Urbanização do entorno do estádio Mané Garrincha, avaliada em R$ 285 milhões: o projeto inicial previa a urbanização de uma área de 3 km ao redor do estádio, que foi o mais caro da Copa do Mundo. O arquiteto responsável pelo projeto do estádio, Eduardo Castro de Mello, chegou a comentar que as intervenções na área eram fundamentais porque o Mané ocupa "uma área muito nobre da cidade". Em 2012, porém, o governo do Distrito Federal desistiu de entregar o paisagismo no entorno do estádio para a Copa das Confederações (2013) e Copa do Mundo (2014). O governo estabeleceu, então, novos prazos, mas nenhum foi cumprido e as obras seguem paradas, já que a licitação de concessão da área também foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União por conter seis irregularidades.
De acordo com o Tribunal de Contas, quase R$ 7 milhões foram gastos pelo DF durante o impasse. Já o governo diz acreditar que a obra no entorno do estádio só será tocada quando a iniciativa privada assumir o espaço.
Construção de túneis entre o Centro de Convenções, o Mané Garrincha e o Parque da Cidade: Essa obra faz parte do projeto de urbanização do entorno do estádio. A ideia era criar túneis que ligassem os estacionamentos do Parque da Cidade ao Mané Garrincha, ao Centro de Convenções e ao Clube do Choro.Apesar dos R$ 6,98 milhões desembolsados pelo governo, nenhum canteiro de obras foi aberto para a criação dos túneis, ou seja, as obras não começaram até hoje.
Instalação do VLT entre o Aeroporto de Brasília e o Plano Piloto: O projeto previa a construção do veículo leve sobre trilhos (VLT) entre o terminal da Asa Norte e o Aeroporto de Brasília, passando pela avenida W3. Mas o governo atual não pretende construir nenhum VLT, apesar da obra ser considerada um dos principais investimentos para melhorar a mobilidade na cidade.O orçamento inicial era de R$ 1,5 bilhão para a construção de 25 estações ao longo de 22, 6 km. O primeiro trecho foi licitado por R$ 780 milhões e pelo menos R$ 20 milhões foram gastos pelo DF antes da suspensão do projeto, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU). As obras chegaram a ser suspensas sete vezes, sendo a última em abril de 2011, pela 7ª Vara da Fazenda Pública do DF. O cancelamento de todo o projeto foi anunciado oficialmente em setembro de 2012.
Criação de um jardim inspirado em Burle Marx: O governo da capital começou em 2013 a planejar um jardim inspirado no paisagista Roberto Burle Marx, com espelhos d'água e várias árvores, mas, até meados de 2018, não havia previsão de entrega do espaço. O orçamento total é de R$ 21 milhões e foram gastos R$ 11 milhões até que o contrato fosse rescindido em janeiro de 2018.O projeto era tocado pela construtora Vale do Ipê, em um contrato sob responsabilidade da Novacap – empresa pública do DF responsável pela manutenção do espaço urbano. A obra, iniciada em 2013, era prometida para 2014. Depois, foi reprogramada para 2017 e, sem o cumprimento do cronograma, o contrato foi rescindido.
Fortaleza/ Ceara:
As obras inacabadas em Fortaleza são duas:
Ampliação do aeroporto de Pinto Martins: a obra foi iniciada em 2010, com orçamento de R$ 336 milhões, e estava prevista para ser entregue em dezembro de 2013, o que não ocorreu. Já atrasado, o projeto foi interrompido em 2014.
Em janeiro de 2014, seis meses antes da Copa do Mundo. Em março de 2017, o aeroporto Pinto Martins foi a leilão dentro do Programa de Privatização do Governo Federal e acabou sendo arrematado pela alemã Fraport por R$ 1,5 bilhão, dos quais, R$ 425 milhões pagos à vista. A empresa tem o direito de administrar o local por 30 anos.
Veículo sobre Trilhos (VLT): Com custo inicial de R$ 307,5 milhões, a obra do VLT teve o contrato rompido pelo governo do Ceará com o consórcio responsável após uma série de atrasos notificados pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra). Mesmo depois da Copa do Mundo, em agosto de 2014, foram lançadas mais quatro licitações para concluir a obra. As duas primeiras foram rejeitadas, pois as propostas recebidas apresentavam irregularidades.
Somente em abril de 2017, a quarta licitação desde o início da obra (e a terceira desde o fim da Copa) foi realizada, desta vez sob o Regime Diferenciado de contratações Públicas (RDC), que tem regras simplificadas em comparação com a Lei das Licitações, o que proporciona mais agilidade e eficiência no processo.
Um consórcio formado por duas empresas foi o vencedor e a obra foi divida em três trechos passagem inferior da Avenida Borges de Melo, no Bairro Vila União; estação Borges de Melo até a estação Parangaba; e estação Iate Clube à estação Borges de Melo. Em agosto de 2017, a quinta licitação foi realizada para a conclusão do trecho que vai da estação do Iate Clube até a estação da Borges de Melo. As obras desse trecho foram divididas em três lotes e estão sendo realizadas pelas empresas vencedoras. Com as mudanças no projeto e as diversas licitações, o valor total da obra pulou de R$ 1 milhão - inicialmente previsto-- para cerca de R$ 380 milhões. Desse montante, R$ 246,2 milhões já foram pagos.
Ampliação do aeroporto de Pinto Martins: a obra foi iniciada em 2010, com orçamento de R$ 336 milhões, e estava prevista para ser entregue em dezembro de 2013, o que não ocorreu. Já atrasado, o projeto foi interrompido em 2014.
Em janeiro de 2014, seis meses antes da Copa do Mundo. Em março de 2017, o aeroporto Pinto Martins foi a leilão dentro do Programa de Privatização do Governo Federal e acabou sendo arrematado pela alemã Fraport por R$ 1,5 bilhão, dos quais, R$ 425 milhões pagos à vista. A empresa tem o direito de administrar o local por 30 anos.
Veículo sobre Trilhos (VLT): Com custo inicial de R$ 307,5 milhões, a obra do VLT teve o contrato rompido pelo governo do Ceará com o consórcio responsável após uma série de atrasos notificados pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra). Mesmo depois da Copa do Mundo, em agosto de 2014, foram lançadas mais quatro licitações para concluir a obra. As duas primeiras foram rejeitadas, pois as propostas recebidas apresentavam irregularidades.
Somente em abril de 2017, a quarta licitação desde o início da obra (e a terceira desde o fim da Copa) foi realizada, desta vez sob o Regime Diferenciado de contratações Públicas (RDC), que tem regras simplificadas em comparação com a Lei das Licitações, o que proporciona mais agilidade e eficiência no processo.
Um consórcio formado por duas empresas foi o vencedor e a obra foi divida em três trechos passagem inferior da Avenida Borges de Melo, no Bairro Vila União; estação Borges de Melo até a estação Parangaba; e estação Iate Clube à estação Borges de Melo. Em agosto de 2017, a quinta licitação foi realizada para a conclusão do trecho que vai da estação do Iate Clube até a estação da Borges de Melo. As obras desse trecho foram divididas em três lotes e estão sendo realizadas pelas empresas vencedoras. Com as mudanças no projeto e as diversas licitações, o valor total da obra pulou de R$ 1 milhão - inicialmente previsto-- para cerca de R$ 380 milhões. Desse montante, R$ 246,2 milhões já foram pagos.
Manaus/ Amazonas
Em Manaus, além de obras em atrasos, o governo local desistiu de realizar algumas melhorias de mobilidade urbana que estavam previstas no projeto de infraestrutura para a Copa do Mundo.
A principal foi a da implantação do Bus Rapid Transit (BRT), cuja obra foi cancelada em 2012, em decisão da Prefeitura com o governo do estado, os quais alegaram atraso na liberação de recursos para financiar o projeto, avaliado inicialmente em R$ 1,2 bilhão. O BRT seria uma das promessas de melhoria para a população, além de ser meio de transporte dos torcedores para a Arena da Amazônia.
Outro projeto previsto para a Copa era a reforma do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) na Praça Tenreiro Aranha. Curiosamente, a obra só começou depois da Copa e, hoje em dia, está paralisada. A Prefeitura também previa a construção de mais dois CTAs, mas nada foi entregue. A verba inicial total destes projetos era de R$ 6,7 bilhões.
A principal foi a da implantação do Bus Rapid Transit (BRT), cuja obra foi cancelada em 2012, em decisão da Prefeitura com o governo do estado, os quais alegaram atraso na liberação de recursos para financiar o projeto, avaliado inicialmente em R$ 1,2 bilhão. O BRT seria uma das promessas de melhoria para a população, além de ser meio de transporte dos torcedores para a Arena da Amazônia.
Outro projeto previsto para a Copa era a reforma do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) na Praça Tenreiro Aranha. Curiosamente, a obra só começou depois da Copa e, hoje em dia, está paralisada. A Prefeitura também previa a construção de mais dois CTAs, mas nada foi entregue. A verba inicial total destes projetos era de R$ 6,7 bilhões.
Natal/ Rio Grande do Norte
Ao menos quatro projetos previstos para a Copa de 2014 ainda não foram entregues em Natal, principalmente os da área de mobilidade urbana e saneamento.
A obra mais atrasada é a de reforma e padronização de 55 km de calçadas nas avenidas que dão acesso à Arena das Dunas. As obras começaram em 2013, com orçamento de R$ 14 milhões, mas não foram feitos mais de 5% do projeto, que foi paralisado devido à necessidade de desapropriação de mais de 500 imóveis. Somente em 2017 a Prefeitura resolveu o impasse e fez uma nova licitação para o projeto, mas desta vez sem desapropriações. Ainda é preciso fazer as planilhas orçamentárias e uma nova licitação para a execução da obra.
Outro projeto relacionado à Arena das Dunas é de um túnel de macrodrenagem para reduzir os alagamentos em regiões próximas ao estádio. Iniciada em 2013, a construção do túnel de 4,7 km foi paralisada pelo risco de desabamento da estrutura. Foram precisos mais R$ 30 milhões para reforçar a concretagem, elevando o custo do projeto para R$ 194 milhões. Em junho de 2018, faltava a construção de um trecho de 1km ainda.
Já no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, estão sendo finalizadas as obras de acesso aos terminais, as quais deveriam ter ficado prontas antes da Copa. Mas a situação é pior no projeto de mobilidade que previa melhorias na avenida Capitão-Mor Gouveia, no Viaduto da Urbana e na avenida Tomaz Landim, além da criação de corredores de ônibus. Todo o projeto está paralisado.
A obra mais atrasada é a de reforma e padronização de 55 km de calçadas nas avenidas que dão acesso à Arena das Dunas. As obras começaram em 2013, com orçamento de R$ 14 milhões, mas não foram feitos mais de 5% do projeto, que foi paralisado devido à necessidade de desapropriação de mais de 500 imóveis. Somente em 2017 a Prefeitura resolveu o impasse e fez uma nova licitação para o projeto, mas desta vez sem desapropriações. Ainda é preciso fazer as planilhas orçamentárias e uma nova licitação para a execução da obra.
Outro projeto relacionado à Arena das Dunas é de um túnel de macrodrenagem para reduzir os alagamentos em regiões próximas ao estádio. Iniciada em 2013, a construção do túnel de 4,7 km foi paralisada pelo risco de desabamento da estrutura. Foram precisos mais R$ 30 milhões para reforçar a concretagem, elevando o custo do projeto para R$ 194 milhões. Em junho de 2018, faltava a construção de um trecho de 1km ainda.
Já no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, estão sendo finalizadas as obras de acesso aos terminais, as quais deveriam ter ficado prontas antes da Copa. Mas a situação é pior no projeto de mobilidade que previa melhorias na avenida Capitão-Mor Gouveia, no Viaduto da Urbana e na avenida Tomaz Landim, além da criação de corredores de ônibus. Todo o projeto está paralisado.
Porto Alegre/ Rio Grande do Sul
Das 18 obras previstas para a Copa do Mundo em Porto Alegre, apenas seis foram entregues até agora, quatro anos após o Mundial de 2014. Das outras 12, duas nunca saíram do papel e as restantes estão inacabadas ou paralisadas.
A verdade é que, de todo o projeto de infraestrutura previsto, somente as reformas no entorno do Beira-Rio, estádio que recebeu cinco jogos da Copa, e o viaduto da Júlio de Castilhos foram entregues – este último somente em 2015, um ano depois do torneio no Brasil.
As obras que nunca saíram do papel se referem à construção de um viaduto na Avenida Plínio Brasil Milano (projeto impossibilitado devido a um impasse judicial de uma década) e à construção do trecho 2 da Avenida Voluntários da Pátria, que exige desapropriações.
Já as obras inacabadas até agora são as da Trincheira da Ceará, Trincheira da Anita Garibaldi, Avenida Severo Dullius, Trechos 1- 2 e Trechos 3 -4 da Avenida Tronco, Corredor da Protásio Alves, Duplicação da via Voluntários da Pátria, Corredor da Bento Gonçalves, Corredor da João Pessoa e Trincheira da Cristóvão Colombo.
Os projetos entregues na cidade são: Edvaldo Pereira Paiva - Trecho 3, Edvaldo Pereira Paiva - Trecho 4, Corredor Padre Cacique - Trecho 1, Viaduto Pinheiro Borda, Viaduto Júlio de Castilhos e Viaduto Bento Gonçalves.
De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, o principal obstáculo foi a verba para financiamento dos projetos, estimados R$ 640,9 milhões no total.
A verdade é que, de todo o projeto de infraestrutura previsto, somente as reformas no entorno do Beira-Rio, estádio que recebeu cinco jogos da Copa, e o viaduto da Júlio de Castilhos foram entregues – este último somente em 2015, um ano depois do torneio no Brasil.
As obras que nunca saíram do papel se referem à construção de um viaduto na Avenida Plínio Brasil Milano (projeto impossibilitado devido a um impasse judicial de uma década) e à construção do trecho 2 da Avenida Voluntários da Pátria, que exige desapropriações.
Já as obras inacabadas até agora são as da Trincheira da Ceará, Trincheira da Anita Garibaldi, Avenida Severo Dullius, Trechos 1- 2 e Trechos 3 -4 da Avenida Tronco, Corredor da Protásio Alves, Duplicação da via Voluntários da Pátria, Corredor da Bento Gonçalves, Corredor da João Pessoa e Trincheira da Cristóvão Colombo.
Os projetos entregues na cidade são: Edvaldo Pereira Paiva - Trecho 3, Edvaldo Pereira Paiva - Trecho 4, Corredor Padre Cacique - Trecho 1, Viaduto Pinheiro Borda, Viaduto Júlio de Castilhos e Viaduto Bento Gonçalves.
De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, o principal obstáculo foi a verba para financiamento dos projetos, estimados R$ 640,9 milhões no total.
SALVADOR/BAHIA
Na capital baiana, a maioria das obras previstas na Matriz de Responsabilidade da Copa foi entregue. Restaram apenas detalhes das reformas no aeroporto local e o BRT – projeto que foi retirado da lista de obras quando se percebeu que o prazo para a Copa do Mundo não seria cumprido. Em março de 2018, o governo local assinou a ordem de serviço para início da obra, com orçamento de R$ 212, 7 milhões para o primeiro trecho (Parque da Cidade à estação do metrô da Rodoviária) e de R$ 412 milhões para o segundo trecho (Cidade Jardim -Parque da Cidade- até a Estação da Lapa). Segundo a Prefeitura de Salvador, as obras do BRT, que terá capacidade de transportar 31 mil pessoas, devem ser concluídas em 28 meses pelo Consórcio BRT Salvador, formado pela Camargo Correa e Geométrica Engenharia.
sao paulo/ sp
A situação em São Paulo é parecida. Algumas outras anunciadas para antes da Copa do Mundo de 2014 ainda não foram entregues. É o caso do monotrilho da Linha 17-Ouro . A previsão de inauguração era para 2013, mas foi remarcada para 2019. Além disso, a Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo em São Paulo teve um erro crucial. Como o Estádio do Morumbi, pertencente ao São Paulo, era o mais cotado para receber os jogos em 2014, os projetos de mobilidade foram desenhados para a região sul em 2010. Mas, depois, em 2011, ficou decidido pela construção do Estádio do Itaquerão, a Arena Corinthians, na zona leste, alterando todo o roteiro.
A ideia inicial da Linha-17 do monotrilho era levar passageiros do Aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi.
Na nova versão da Matriz de Responsabilidade, publicada em 2012, retirou a Linha-17 dos planos e colocou como meta as seguintes ações: Construção e inauguração da Arena Corinthians; obras viárias no entorno do estádio, e ampliação da infraestrutura do Aeroporto de Guarulhos. Todas as ações foram concluídas. A Linha 17-Ouro, porém, continua em obras e não é mais considerada promessa da Copa.
Uma outra obra anunciada pelo governo federal envolvia São Paulo e não ficou pronta. Era o trem-bala que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro. A previsão de conclusão era para o Mundial, mas foi adiada para 2016, depois para 2020 e agora o projeto não tem mais data. Isso porque apenas um consórcio se interessou pelo projeto, o que levou à suspensão por tempo indeterminado do leilão de concessão.
A ideia inicial da Linha-17 do monotrilho era levar passageiros do Aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi.
Na nova versão da Matriz de Responsabilidade, publicada em 2012, retirou a Linha-17 dos planos e colocou como meta as seguintes ações: Construção e inauguração da Arena Corinthians; obras viárias no entorno do estádio, e ampliação da infraestrutura do Aeroporto de Guarulhos. Todas as ações foram concluídas. A Linha 17-Ouro, porém, continua em obras e não é mais considerada promessa da Copa.
Uma outra obra anunciada pelo governo federal envolvia São Paulo e não ficou pronta. Era o trem-bala que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro. A previsão de conclusão era para o Mundial, mas foi adiada para 2016, depois para 2020 e agora o projeto não tem mais data. Isso porque apenas um consórcio se interessou pelo projeto, o que levou à suspensão por tempo indeterminado do leilão de concessão.
Recife/ Pernambuco
Na capital pernambucana, cinco projetos ainda não foram entregues:
O Ramal da Copa - estrutura viária que liga o Terminal Integrado de Camaragibe à Arena Pernambuco, no valor de R$ 155 milhões;
Os corredores Norte-Sul - 33 km de vias de ônibus que passam por cinco cidades: Iagarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife;
Os corredores Leste-Oeste - que liga Camaragibe ao centro de Recife, tem orçamento de R$ 139 milhões, 16 estações das 22 previstas em operação no momento e foi usado de maneira improvisada somente com duas estações durante a Copa;
O Túnel da Abolição- Apesar de entregue oficialmente em 2015, o túnel no bairro de Madalena tem serviços inacabados.
E o Terminal Integrado de Camaragibe – Como o consórcio responsável pela obra abandonou o projeto, o governo pretende fazer uma nova licitação para revisar a obra.
Mas a maior perda é em relação à chamada “Cidade da Copa”, que prometia ser o primeiro modelo de cidade inteligente do país. O governo rescindiu o contrato do projeto em 2017, de acordo com nota da Secretaria de Administração de Pernambuco. A ideia era estimular o desenvolvimento da zona oeste de Recife, onde fica a Arena Pernambuco. Para isso, a Cidade da Copa previa a construção de escolas, universidades, shoppings e condomínios residenciais perto do estádio. “A área é de propriedade do estado e terá, no tempo próprio, a utilização adequada”, disse a Secretaria estadual.
O Ramal da Copa - estrutura viária que liga o Terminal Integrado de Camaragibe à Arena Pernambuco, no valor de R$ 155 milhões;
Os corredores Norte-Sul - 33 km de vias de ônibus que passam por cinco cidades: Iagarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife;
Os corredores Leste-Oeste - que liga Camaragibe ao centro de Recife, tem orçamento de R$ 139 milhões, 16 estações das 22 previstas em operação no momento e foi usado de maneira improvisada somente com duas estações durante a Copa;
O Túnel da Abolição- Apesar de entregue oficialmente em 2015, o túnel no bairro de Madalena tem serviços inacabados.
E o Terminal Integrado de Camaragibe – Como o consórcio responsável pela obra abandonou o projeto, o governo pretende fazer uma nova licitação para revisar a obra.
Mas a maior perda é em relação à chamada “Cidade da Copa”, que prometia ser o primeiro modelo de cidade inteligente do país. O governo rescindiu o contrato do projeto em 2017, de acordo com nota da Secretaria de Administração de Pernambuco. A ideia era estimular o desenvolvimento da zona oeste de Recife, onde fica a Arena Pernambuco. Para isso, a Cidade da Copa previa a construção de escolas, universidades, shoppings e condomínios residenciais perto do estádio. “A área é de propriedade do estado e terá, no tempo próprio, a utilização adequada”, disse a Secretaria estadual.