Um vizinho eterno |
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Quando o pequeno Thomaz Farkas se mudou com a família de Budapeste, na Hungria, para o bairro do Pacaembu, em São Paulo, o local não tinha mais que uma dezena de moradores. Em 1930, o bairro era composto por grandes lotes de terra que haviam começado a ser comercializados pela empresa britânica Cia. City.
O projeto da City era transformar o local em uma região nobre, com vias ajardinadas e áreas comuns de lazer e sociais. Uma inovação para a época. Um desses terrenos, o da rua Itaperuna, número 84, foi vendido a Desidério Farkas, pai de Thomaz. Com apenas seis anos de idade, o garoto não se importava com a escassez de crianças na vizinhança para brincar. E o tempo comprovaria que seu vizinho preferido não seria, de fato, um menino. Mas sim, um estádio de futebol. “Ele nunca morou a mais de 500 metros do estádio do Pacaembu”, relembrou João, filho de Thomaz, que décadas depois, como fotógrafo, imortalizou sua relação com o estádio em um livro de fotos. “O Pacaembu era como o quintal de casa. Você abria a porta e já estava nele”, afirmou João. Assim como a família Farkas, o Estádio Municipal do Pacaembu foi um dos primeiros moradores do bairro. Thomaz, e toda a região ao entorno, cresceu e se desenvolveu em volta do complexo esportivo. Além de ter sido o principal propulsor do desenvolvimento do bairro do Pacaembu, o Estádio Municipal possui fortes ligações com a população local, principalmente por ter sido palco de eventos históricos, como a Copa. O dia 28 de junho de 1950 é uma das datas mais difíceis de esquecer para o engenheiro Pedro Py. Com nove anos de idade na época, ele e um grupo de amigos subiram em um muro próximo ao estádio só para assistir ao jogo entre Brasil 2x2 Suíça, pelo Mundial. Era o primeiro contato do garoto com um evento esportivo internacional. Pedro, que ainda hoje vive no Pacaembu, na rua Zequinha de Abreu, tenta preservar esta e outras memórias do bairro na Associação de Moradores local, entidade que preside. |
Copa? O que é isso?
Quando começou a ser construído, em 1936, durante a gestão do prefeito Fabio da Silva Prado (1934-1938), o estádio só tinha como objetivo ser um complexo de grande porte compatível com o tamanho de São Paulo, que despontava na indústria e no comércio brasileiro e carregava consigo a imagem de inovação e desenvolvimento. Naquele momento, não se falava em Copa do Mundo no Brasil, muito menos que o estádio poderia receber partidas do Mundial, já que o país foi oficialmente escolhido como sede do campeonato apenas em julho de 1946. Dessa forma, a construção do Pacaembu foi impulsionada, basicamente, por dois motivos. O primeiro foi o crescimento do futebol na capital paulista, principalmente na década de 1930, quando o esporte foi profissionalizado. O rádio, que se consolidara como veículo de massa, também contribuiu para difundir a modalidade. Era comum ver a imprensa criticar a lotação dos estádios. O jornal “A Gazeta” chegou até a publicar, na época, que “o futebol é o mais popular esporte da cidade, e ainda não temos um estádio compatível com essa popularidade”. O segundo motivo era o uso do esporte para criar uma identidade nacional e mobilizar as massas, ideologia que se fortaleceu durante o Estado Novo (1937-1945), de Getúlio Vargas. O governo federal tentou se impor em diversas esferas da vida social para criar uma ideologia nacional. O esporte, e principalmente o futebol, que conquistava cada vez mais adeptos, tornou-se uma ferramenta para o regime varguista. Por meio do esporte, era possível controlar a população e inserir na cultura brasileira os conceitos de educar, disciplinar e aperfeiçoar. O principal objetivo de Vargas, neste âmbito, era criar uma nação forte e unida, que legitimasse o regime vigente e estivesse preparada, fisicamente, para adversidades, como batalhas e guerras. Além disso, erguer uma obra do porte do estádio do Pacaembu, com arquitetura ornamental e previsão de capacidade para 50 mil pessoas, também daria à cidade de São Paulo o status de potência e desenvolvimento frente aos outros municípios do país. Neste contexto, a ideia para a construção do estádio germinou na gestão de Fabio da Silva Prado. Na década anterior, houve rumores sobre a necessidade da cidade possuir um grande complexo esportivo, mas o apoio ao futebol e, principalmente, o interesse público pelo esporte eram menores. Até foram lançados selos para o financiamento de um novo estádio durante o governo de Washington Luís (1914-1919), mas a iniciativa fracassou. Para a imprensa, isso acontecera por conta do descaso do poder público com o futebol. E 1921, a Cia. City, responsável pelos loteamentos do bairro do Pacaembu, também chegou a doar ao governo do estado de São Paulo um terreno retangular de 50 mil m², no valor de 300 contos de réis (5), para a construção de um estádio. A escritura foi assinada em 8 de agosto daquele ano pelo então diretor-gerente da empresa, Andrew Douglas Gurd, e pelo Auxiliar do Procurador da Fazenda do estado de São Paulo, Raul Vicente de Azevedo. O documento afirma que a doação ocorreu em vista do interesse do poder público em erguer um complexo esportivo. Em troca, foram assinados contratos com o governo nas áreas de esgoto, iluminação e abastecimento de água no bairro comercializado pela City. Mas nada foi construído no local. Em 1936, porém, com as frequentes críticas da imprensa, a profissionalização do futebol e a ideologia estado-novista, a prefeitura de São Paulo conseguiu justificar o uso de verba pública para a construção de um estádio, gesto inusual naquela época. Isto aconteceu após um funcionário do gabinete de Prado encontrar um documento sobre o terreno doado pela City ao estado. Com autorização do prefeito, ele entrou em contato com o governo estadual, que cedeu o lote à municipalidade. A prefeitura, no entanto, considerou a área de 50 mil m² insuficiente para se erguer um estádio monumental. A City, então, doou mais 25.598 m² ao município, conforme uma escritura datada de18 de julho de 1936. O documento estima que a área total do terreno doado, 75.598 m², valeria - naquele ano- 1,5 mil contos de réis. O texto também informa que a prefeitura, como beneficiária, comprometeu-se a erguer um estádio para ao menos 50 mil pessoas e com valor mínimo de quatro mil contos de réis. Também foi acordado na escritura o calçamento, em asfalto, da avenida Pacaembu, de uma praça diante do complexo esportivo e das ruas Itápolis, Itatiara, Itapecuá, 9A e 32A. A construção das vias já era prevista no projeto do estádio, elaborado por Domício Pacheco, do escritório técnico F. P. Ramos de Azevedo - Severo & Villares. Na escritura de doação de terreno, consta ainda que a prefeitura deveria se responsabilizar pela instalação de iluminação elétrica na avenida Pacaembu, ruas Itápolis, Itatiara, Bury, Angatuba, Itajobi, Capivari, Itapecuá, Itahy, 9A, 32A e na praça diante do estádio, além da criação de uma linha de bonde para atender ao bairro. Com isso, nota-se a visão empreendedora da Cia. City em doar os terrenos ao poder público. Apesar de abrir mão de uma área do bairro, a empresa se beneficiou dos melhoramentos que a prefeitura fez no Pacaembu, os quais valorizaram a região e facilitaram a venda dos lotes. Até o lançamento da pedra fundamental do Pacaembu, em 29 de novembro de 1936, o maior estádio da cidade era o Parque Antártica, inaugurado em 1902 e pertencente à Companhia Antarctica Paulista. A construtora Severo & Villares ganhou a concorrência para erguer o estádio, da mesma forma que a Cia. City saiu vitoriosa da licitação para construir a praça diante do complexo, da avenida Pacaembu e das outras vias. O projeto do estádio previa duas arquibancadas e portões monumentais, mas este plano foi alterado em 1938, com a posse do prefeito e arquiteto Francisco Prestes Maia. Houve uma pausa nas obras por conta do interesse do prefeito em revisar os contratos e ficar a par da obra. As mudanças propostas por Maia foram motivadas, principalmente, pelo rápido crescimento do futebol na cidade devido à boa campanha do Brasil na Copa do Mundo de 1938, na França, com a seleção encerrando o torneio em terceiro lugar. O prefeito decidiu construir também, dentro do complexo, um ginásio e uma piscina, além de alterar as arquibancadas para o formato de ferradura. Ele ainda projetou as rampas laterais ao estádio e a fachada em concreto e tijolos. A área doada pela Cia. City era propícia para a construção de um estádio, pois o terreno era basicamente um vale, de modo que as laterais do complexo foram assentadas nas encostas de terra. O próprio nome “Pacaembu” já define a topografia do lugar. Em tupi-guarani, o termo significa “terras alagadas”. De fato, toda a área do Pacaembu era uma região de várzeas e charcos no início da década de 1920. O caráter rural do bairro só começou a mudar após a City iniciar seus empreendimentos no local. A empresa britânica, que chegou a São Paulo em 1912, comprou quase 12 milhões de m² em terrenos por toda a cidade. Estes lotes começaram a ser vendidos logo no ano seguinte à instalação da City no município. Apesar de o projeto de urbanização do Pacaembu ser de 1915, a Cia. City conseguiu autorização da prefeitura para vender os lotes apenas em 1925. Dez anos depois, foram iniciados os trabalhos de calçamento e arborização da região, o que ocorreu sob forte campanha publicitária para incentivar a venda dos lotes. O plano da empresa previa, além da construção de residências e vias, praças e áreas de lazer. Por isso, não surpreende que a companhia tenha doado lotes para a construção de um estádio no bairro. E Prestes Maia, por sua vez, apreciava grandes obras. Com uma visão desenvolvimentista durante sua gestão (1938-1945), encabeçou imponentes construções na cidade de São Paulo, como o Viaduto do Chá, a Biblioteca Municipal, o Túnel do Trianon e a Ponte das Bandeiras. Em seu mandato, também foram concluídos alguns trechos da avenida Ipiranga, o alargamento da avenida Senador Queiroz e a canalização do trecho do rio Tietê entre a ponte do Limão e a ponte Grande. Muitos jornais da época criticavam o fato de a cidade parecer um campo de guerra por conta da grande quantidade de obras realizadas simultaneamente. “As obras de infraestrutura foram realizadas para suprir o desenvolvimento, porque a cidade já estava crescendo, mas tinha vias e ruas do tempo colonial”, explicou o arquiteto e urbanista Renato Luiz Sobral Anelli. Segundo ele, as construções propostas por Prestes Maia “também tinham o objetivo de mostrar uma imagem de cidade moderna”. Em 1938, São Paulo havia superado o Rio de Janeiro em produção industrial, sendo responsável por 43,2% da atividade no âmbito nacional, contra 14,2%. O estádio, portanto, deveria fazer jus ao crescimento da cidade. Este foi um dos motivos para as obras durarem longos quatro anos, com cerca de mil operários trabalhando na construção do complexo. Às vésperas da inauguração do estádio, em janeiro de 1940, Prestes Maia, no entanto, notou que o local não possuía estacionamento. Naquele ano, havia 22.739 automóveis licenciados na cidade. Isso obrigou a prefeitura a desapropriar uma área de 4.859 m², no valor de 1,6 mil contos de réis, para destinar ao estacionamento e à circulação de pessoas. Não há, porém, registros sobre o custo total da construção do estádio, já que as obras foram interrompidas em alguns momentos, a imprensa não tinha o costume de fiscalizar o uso de verba pública e o regime vigente era ditatorial. Devido ao imprevisto do estacionamento, a inauguração do estádio teve que ser adiada para o dia 27 de abril de 1940, data que coincidia com o aniversário de dois anos de Adhemar de Barros como governador do estado de São Paulo. |
Estádio grande, festa maior ainda
Personalidades políticas e esportistas de todo o Brasil viajaram a São Paulo para participar da inauguração do Pacaembu. Uma comitiva de dirigentes e administradores do Distrito Federal (Rio de Janeiro) que esteve em São Paulo para a festa de inauguração se mostrou entusiasmada com o estádio e chegou a comentar com Prestes Maia a intenção de erguer um complexo esportivo desta magnitude na capital do país -- que viria a ser o Maracanã--. A festa de inauguração foi grandiosa, assim como o próprio estádio do Pacaembu, que passou a ser o maior da América do Sul. A intenção do governo era mobilizar a imprensa, personalidades esportivas e, principalmente, a população. Na cerimônia, foi possível notar como a ideologia estado-novista utilizava o esporte como articulador de massas e multidões. Organizada pela Diretoria Geral de Esportes do Estado de São Paulo (Deesp), apesar de a obra ter sido municipal, a inauguração do estádio contou com mais de 100 mil atletas nacionais e internacionais, que desfilaram pelo complexo de maneira ensaiada e sincronizada, característica de eventos de regimes ditatoriais. Também houve discursos políticos e a presença do presidente Getúlio Vargas, de Prestes Maia e de Adhemar de Barros, entre outras autoridades. No dia seguinte, 28 de abril, foram disputadas as primeiras partidas no gramado do Pacaembu, em rodada dupla: Palmeiras 6x2 Coritiba e Corinthians 4x2 Atlético Mineiro. Três meses após a inauguração do estádio, o prefeito de São Paulo anunciou que seriam entregues novos cinco viadutos à população para suprir o aumento da circulação em torno do complexo esportivo: viaduto do Pacaembu, Itororó, Jacareí, Luiz Antonio e Nove de Julho. São Paulo, carro-chefe do país Portanto, em 1946, quando o Brasil foi escolhido sede da Copa do Mundo, não havia outro município brasileiro tão bem preparado para receber jogos internacionais que São Paulo. A cidade possuía uma economia consolidada, o maior estádio da América do Sul e grandes obras de infraestrutura. Tudo isso fazia do município um candidato natural para sediar as partidas. E foi exatamente isso que ocorreu. Logo após o anúncio da escolha do Brasil, São Paulo já sabia que haveria jogos no Pacaembu. Mas como o estádio era novo, não foram necessárias grandes obras no complexo e nem no município. Em uma visita às cidades-sede da competição, na tarde de 1º de junho de 1950, a 23 dias da abertura do Mundial (realizada no Rio de Janeiro), o presidente da Federação Italiana e delegado da Fifa, Ottorino Barassi, realizou uma vistoria no estádio do Pacaembu. Durante a fiscalização, Barassi foi acompanhado por Hugo Fracarolli, representante da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), e por Alvaro Barbosa, Lourenço Fló Júnior e Domingos Sgarzi, mentores da FPF (Federação Paulista de Futebol). O delegado da Fifa ressaltou que o estádio não se encontrava em condições totalmente satisfatórias, mas fez apenas algumas sugestões para que o local se adequasse às exigências internacionais. Entre as recomendações, destacam-se o aumento da extensão do gramado e a criação de locais específicos para fotógrafos, jornalistas e locutores. As alterações no complexo foram poucas também porque a própria direção do Pacaembu resolveu fechar o estádio entre os meses de março e abril de 1950 para a restauração do gramado. “A reforma, plantio de grama, reconstrução total do sistema de drenagem, pintura das arquibancadas e cadeiras numeradas etc., demandam tempo e possivelmente não poderão ser realizadas com perfeição. Não há dúvidas de que os consertos deveriam ter sido iniciados logo após o final do Campeonato Paulista de 48, o que proporcionaria tempo suficiente para que o campo se apresentasse em condições durante a disputa do Campeonato do Mundo”, O Estado de São Paulo, 9 de fevereiro de 1950 – Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo. (JUTIFICADO - ABNT) Apesar disso, o governo de São Paulo teve que dar um milhão de cruzeiros à CBD para auxiliar a realização do Mundial na cidade, conforme dados publicados pelo “Diário de Pernambuco” em 6 de junho de 1950. As outras cinco cidades-sede (Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro) também despenderam valores entre 300 mil e cinco milhões de cruzeiros. No dia 25 de junho de 1950, mais de 36 mil pessoas lotaram as arquibancadas do Pacaembu para assistir ao primeiro jogo da Copa do Mundo em São Paulo. A partida, disputada por Itália e Suécia, proporcionou uma renda de 1,48 milhão de cruzeiros. “Eu não me esqueço desse jogo porque o estádio estava lotado. E a torcida maior era da Itália, por causa dos italianos que vivam em São Paulo”, lembrou o jornalista esportivo Orlando Duarte, que assistiu à peleja. Além deste jogo, foram disputadas as seguintes partidas no Pacaembu pelo Mundial de 1950: Itália 2x0 Paraguai, Espanha 2x2 Uruguai, Uruguai 3x2 Suécia, Suécia 3x1 Espanha e Brasil 2x2 Suíça. Este último jogo, devido à atuação da seleção brasileira, foi o que mais atraiu torcedores. O público pagante foi de 42 mil, bastante em comparação com os 7,9 mil registrados na partida entre Uruguai e Suécia, em 13 de julho. A curiosidade e o sonho de ver uma Copa do Mundo de perto eram os principais incentivos para se comparecer ao estádio do Pacaembu em 1950. Muitos jovens da época nunca haviam tido, até então, contato com este tipo de evento, já que a Segunda Guerra Mundial interrompeu a realização dos torneios. Um desses jovens, Agostinho Folco não pestanejou em pegar um ônibus e um bonde para chegar da cidade de São Caetano do Sul -- onde morava -- ao estádio do Pacaembu e assistir ao jogo da seleção brasileira. Então com 16 anos de idade e acompanhado de seu cunhado, Agostinho comprou um ingresso de arquibancada no valor de 30 cruzeiros. Diferente de Pedro Py, que acompanhou a partida de cima de um muro, Agostinho alimentava o anseio de fazer parte daquele momento histórico. Os bilhetes para as cadeiras numeradas custavam 140 cruzeiros e os para as cadeiras cobertas, 80 cruzeiros. Todos deveriam ser adquiridos na hora, na entrada do estádio do Pacaembu. Por este motivo, Agostinho chegou ao estádio cerca de duas horas antes do início da partida. Ao saltar do bonde, ele se deparou com uma legião de carros estacionados na praça diante do complexo, onde se agrupavam torcedores bem-vestidos para apreciar a partida. O público costumava comparecer ao estádio em trajes semi-esportivos, como camisas e calças. Apesar de, na época, não ser comum o uso de camisetas da seleção brasileira, Agostinho lembra-se de alguns torcedores com peças personalizadas. Ele mesmo levava no pescoço um par de fitinhas com as cores da bandeira nacional. Acomodado em uma área da arquibancada descoberta próxima ao meio campo, Agostinho se deslumbrou com a visão da concha acústica e com os vendedores ambulantes de balas e chocolates. O que não ocorreu, no entanto, com a partida. O jovem sentiu-se muito mais emocionado por participar de uma Copa do Mundo do que pelas sensações despertadas durante o jogo, encerrado com um empate em 2 a 2. |
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